terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Equação inexata


A distância que pode ser medida em quilômetros não machuca tanto quanto a distância sentida estando na presença de outra pessoa... É a distância dos corações... É o famoso “sentir solidão a dois”…
É um sentimento difícil de explicar, mas que causa um doloroso aperto no peito… Uma vontade de preencher um buraco que nem sempre se sabe como.
E não adianta fingir, mentir nem pra si mesma e nem pro outro, a gente sempre sabe quando está sozinho numa “relação”.
Relacionar-se é a coisa mais difícil do mundo. O outro tem um mundo próprio, e apropriar-se desse mundo e fazê-lo parte do seu... ah, não é nada fácil…
É preciso dedicação… Interesse… Amor!
A vida é feita de ciclos… E é necessário que saibamos a hora certa de terminar ou de começar algo.
Viver ao lado de alguém que não está 100% com você é, no mínimo, dolorido.
Quando você está sozinho por opção a solidão parece mais amena…
Agora quando você quer alguém, deseja ao menos que esse alguém também o queira.
Eu insisto, pulo e faço graça… Faço piruetas no ar e loucuras impensáveis pra demonstrar o que eu sinto... para DEMONSTRAR... Mas não vou mais além disso, minha timidez não permite e sei quais são os meus limites…
E meu limite é A reciprocidade. É dar e receber… É “Saber amar… [e] Saber deixar alguém te amar…”. E se essa reciprocidade não existe, então não existe mais caminho pra seguir.
Por que uma relação não é uma disputa, é uma soma de duas pessoas, de duas vivências, de dois pedaços que deveriam se unir, acrescentar algo de bom um ao outro. É necessário haver um equilíbrio, uma troca. É necessário que as coisas fluam, e para isso é preciso que ambos estejam com o mesmo peso nas duas pontas da gangorra. É normal um sobe e desce lá de vez em quando, e é isso que faz uma relação ser produtiva. Mas mantê-la sempre estável, um em cima e outro em baixo… Não é algo que dê muito certo.
Não que eu só dê amor a quem mereça… Eu amo por que quero amar e ponto.
Mas sei que permitir que meu coração se encha e transborde de amor por alguém que não vai me amar é frustrante… E quem é que gosta de se frustrar?
Eu sei que mereço receber aquilo que proporciono aos outros. Tanto o que for bom quanto o que for ruim. 
Sentir solidão a dois… É a solidão que mais dói.
“E se o outro não está disposto a me fazer voar, por que inventou de tirar meus pés do chão?”

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Minha Lua (Luiza Possi)


Eu estou ao seu lado
No mesmo compasso vendo a lua aparecer
Ela me disse que passou pra ver se era amor
Que nascia aqui
Posso morrer na sua boca e não me arrepender

Entra minha lua
Senta que essa cama é sua
Hoje não termina a noite
Tenho só mais um segredo pra te contar 
Falei com o tempo pra não se apressar
Não tem mais com o que se preocupar
Descansa a tua alma na minha paz

Me diz o nome desse beijo 
Que me faz acreditar
Que eu sou feliz demais
Não sei aonde eu me escondo quando esse dia nascer
Pra te roubar daqui até o amanhecer
Eu vou escapar do medo de me ver tão só
Apagar a luz e te fazer de cobertor

Entra minha lua
Senta que essa cama é sua
Hoje não termina a noite
Tenho só mais um segredo pra te contar 
Falei com o tempo pra não se apressar
Não tem mais com o que se preocupar
Descansa a tua alma na minha paz

Uma cidade inteira a espera
Acordada pra te ver chegar
Eu mudo a rota só pra ficar
No céu que eu pintei pra te dar
Volta não te peço nada 
Só mais uma noite pra te degustar

Escuta que essa lua branca
Vem com todos os meus segredos pra te contar
Falei com o tempo pra não se apressar
Não tem mais com o que se preocupar
Descansa a tua alma na minha paz. 

Alguém que não existe?


É estranho precisar de alguém, mas neste momento, é exatamente isso que estou sentindo. Sinto-me só, quero carinho, abraços, beijos, companheirismo, amor, desejo....
E para satisfazer esses meus desejos, preciso de alguém... alguém que não existe.
Estou um tempo sozinha e confesso que isso foi muito bom... liberdade, privacidade, desapego... mas agora está chato, e, sinceramente, me sinto pronta para um novo relacionamento.
O mais engraçado (ou triste), é achar que tinha encontrado esse alguém. No início empolgação, depois esfriou. Já que não aconteceu, achei que não era pra ser mesmo.
Agora... sei lá por qual motivo... sinto novamente aquelas borboletas no estômago quando vejo essa mesma pessoa, é uma sensação deliciosa, tenho certeza que meu olhar entrega, todos vêem, mas a amizade embaça a visão...
Adoro a amizade, adoro estar ao seu lado, nossos sorrisos... me faz tão bem, mas não é suficiente, pode até ser egoísmo da minha parte, mas é assim que me sinto.
Já pensei em me desvencilhar dessa amizade, pois sei que quando aparecer alguém entre nós, eu vou sofrer, mas desisti... não quero me precipitar. Vou deixar as coisas acontecerem naturalmente.
E naturalmente preciso de alguém... alguém que não existe (?)